quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Declarações e etc.


Em algum dia de algum mês de 2008 conheci alguém muito especial. Eu tinha fake de um menino chamado David e então uma garota chamada Aimée se tornou minha melhor amiga e, eu os asseguro: posso não ser boa com datas, mas lembro muito bem de sentimentos. Não sei se isso já aconteceu com um de vocês, mas é como se tivesse ocorrido uma espécie de atração instantânea. Foi meio estranho porque estávamos de férias e mesmo assim eu não me importava nem um pouco de acordar bem cedinho só pra entrar no MSN para que pudéssemos conversar.

E então eu percebi que estava apaixonada.

Ela era minha melhor amiga e, no entanto, eu sentia que era algo além de amizade o que fazia meu coração pular dentro do peito quando eu a via entrar no MSN, me chamar de amor...

Começamos a namorar. No fake, é claro. E quando eu pensei que tudo ficaria perfeito (afinal, ela também gostava de mim), as coisas mudaram. Nós estávamos distantes. A amizade que havíamos construído antes do namoro estava acabando e ficávamos muito pouco à vontade perto uma da outra. Foi quando eu terminei com ela.

E também foi quando tudo começou a fazer sentido pra mim, se você quer saber.

Depois de mais um ano, eu deletei o fake. Hoje não somos mais namorados (ou namoradas, no caso) e nos damos muito bem. Dou risada quando lembro que nossa história começou do modo mais estranho possível: primeiro namorando e depois nos unindo, realmente. Primeiramente porque nós nunca namoramos, de verdade. Pelo menos não nós. Quem namorava eram David e Aimée. Luciana e Adriana são amigas.
E que amigas!

Dia desses me perguntaram quais tinham sido as melhores coisas que aconteceram comigo nesse ano que está acabando. Pensei um pouco (afinal, minha memória é péssima) e a primeira coisa que veio na minha cabeça foi ela: Drih. Não que ela tenha sido a melhor coisa que aconteceu comigo em 2009... Não. Eu percebi que ela foi a melhor coisa que aconteceu comigo desde que eu a conheci, naquele dia daquele mês que eu não lembro, no ano passado.
Ela já me prometeu que vem aqui. Que vamos sair juntas, tirar fotos, viajar... Morar fora do país, ir pra Itália, como nós duas sonhamos. E eu posso ser esquecida e tudo mais e não ter certeza de muita coisa nessa vida, mas uma eu sei que é concreta: eu nunca vou deixar de amá-la.

Queria ter te mandado um presente de natal ou coisa parecida, mas não pude. Tem muitas coisas que nos impedem de ficarmos perto uma da outra, mas ela sabe... Eu duvido que algo possa nos parar. Vamos tentar até o fim, certo? Então, por enquanto, essa é a única coisa que posso oferecê-la: um post gigante falando sobre várias e várias coisas, simplesmente pra chegar em um único ponto: o quanto eu a amo.

Eu estaria mentindo se dissesse que meu amor por ela nunca mudou. Ele muda constantemente. Não sei se é possível, mas eu acredito que amanhã eu a amarei mais do que hoje. E hoje eu a amo mais do que amava ontem. Espero que essa ordem crescente nunca pare.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Diferente, mas igual.


Eu estava na internet, como em qualquer dia normal, e então me deparei com um anônimo que fez uma pergunta para um garoto, num site chamado Formspring. O site é de perguntas e respostas, então até aí tudo bem. Mas o que me interessou foi a resposta que o garoto deu. O anônimo perguntava se ele preferia TV Cultura à Globo, e ele respondeu que "não era desses metidinhos à indie, que não gostam de tudo que é popular" e que preferia a Globo.


Emissoras à parte, eu achei interessante o que ele disse sobre ser indie. Hoje em dia todo mundo tenta se mostrar autêntico, diferente e especial. O fato é que, mesmo sem perceber, isso tudo é apenas um modo dessas pessoas de tentarem ser melhor do que os demais - lendo livros considerados intelectuais, ouvindo músicas que ninguém ouve pra dizer que são diferentes, sendo grosseiros, odiando o próprio país e/ou tendo uma atitude blasé em relação à tudo.

Não odeio esse tipo de gente, não, não me entenda mal. Se você quer saber, eu mesma já fui assim. Acho que ainda sou, até, mas isso é outro assunto. Mas percebi, com aquela resposta que o garoto deu para uma pergunta boba de um anônimo, que as pessoas, em seu desespero de serem diferente de todo mundo, se tornam iguais.

Acompanhem meu raciocício: Um belo dia você acorda e se depara com todo mundo ouvindo músicas que ninguém conhece, se vestindo de um modo que ninguém se veste, escrevendo textos que ninguém entende e lendo livros que ninguém lê. Isso os torna iguais, não? Mas, nesse caso, a semelhança entre eles os faz ficarem distantes. Afinal, do que irão conversar? Sobre canais de TV? Não. Esse tipo de gente vai ser hostil, se achando melhor que todos os outros sem realmente ser. Encontro um indie aqui, se achando único, e, ao dobrar a esquina, me deparo com outro igualmente cheio de orgulho de si mesmo.

Qual o ponto de tentar ser alguém que você não é, se depois que alguém te conhecer a fundo, descobrirá que o ar blasé que você tinha ao postar em seu blog não combina com o modo como você age perto de amigos?

Pois eu os convido a deixarem de lado a diferença.
Porque mesmo com muita gente ouvindo Taylor Swift, gostando de Twilight, usando all-star com jeans e assistindo os especiais de fim de ano da Globo, por exemplo, ainda não somos os mesmos. Perder a identidade é o pior jeito de descobrir que você perdeu um tempo valioso de sua vida sendo mais um no mundo.


Então eu, a Luciana igual à tantas outras desse mundo, lhes desejo um Feliz Natal e um próspero Ano Novo! (Assim como todo mundo faz.)